sexta-feira, 3 de maio de 2013

Censura burra



Marcos Tavares
O fato de que os ingleses criaram mecanismos para censurar sua imprensa, absolutamente, não torna essa uma medida democrática e muito menos um exemplo a ser seguido. Os súditos de Sua Graciosa Majestade sabem onde o sapato lhes aperta e mais de uma vez mandaram a democracia às favas em nome de sua segurança. Portanto, esse argumento não serve para que o governo brasileiro tente de todos os meios criar mecanismos para cercear, diminuir ou vigiar a liberdade de nossa imprensa. Se ela erra, comete equívocos, toma partido, cabe ao leitor decidir o que ler e em quem acreditar, até mesmo porque o avanço da tecnologia acabou qualquer tipo de censura.
censuraNão se pode pensar em silenciar opiniões no tempo da Internet. Chineses e cubanos tentaram isso sem sucesso, mas o mundo virtual não tem amarras e seu anonimato faz com que qualquer informação circule com a velocidade de um raio, principalmente aquelas que o poder não quer que circulem. Dessa maneira, qualquer discurso ou falatório sobre esse tema é antes de tudo bizantino e burro, pois tudo que é censurado é mais palatável, e impedir uma notícia ou tentar escondê-la é o melhor caminho para torná-la popular e conhecida.
Não temos, absolutamente, uma imprensa exemplar nem nossos jornalistas são monges incapazes de um deslize intencional. Mas esse é o preço que se paga para ter uma democracia, um preço que os regimes totalitários - com tudo a esconder- não querem pagar. Mensalão, Rosemary e outros tantos escândalos petistas chegaram aos brasileiros pela imprensa, deformados ou informados, e isso não pode ser cerceado sob pena de perdermos o fiscal maior da vida pública, que, justamente por não ter compromissos ou freios, que não sejam a verdade da notícia, consegue realizar seu trabalho.



Fonte:  jornaldaparaiba.cm.br

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